Athens News - Sentenciados por matarem seus pais, irmãos Menéndez têm novo julgamento negado

Sentenciados por matarem seus pais, irmãos Menéndez têm novo julgamento negado
Sentenciados por matarem seus pais, irmãos Menéndez têm novo julgamento negado / foto: MIKE NELSON - AFP/Arquivos

Sentenciados por matarem seus pais, irmãos Menéndez têm novo julgamento negado

Lyle e Erik Menéndez, que cumprem mais de três décadas de prisão pelo assassinato de seus pais em uma mansão luxuosa em Beverly Hills, perderam sua aposta por um novo julgamento.

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A decisão proferida por um juiz de Los Angeles na noite de segunda-feira (15) é o mais recente revés para a campanha midiática dos irmãos Menéndez, que também tiveram seus pedidos de liberdade condicional negados em agosto.

Os Menéndez, cujo caso foi abordado em um documentário e em uma minissérie da Netflix, haviam argumentado que a nova evidência relacionada com o suposto abuso sexual que sofreram do pai justificava um novo julgamento.

Mas o juiz considerou que essa evidência não contribuiu para "as alegações de abuso que o júri já havia considerado, e concluiu ainda assim que os irmãos planejaram e executaram o plano de matar seu pai abusivo e sua mãe cúmplice".

Tampouco permitiria argumentar que agiram em legítima defesa porque a nova evidencia não "prova que os irmãos sofreram medo de perigo iminente", decidiu o juiz William C. Ryan, de acordo com um memorando emitido pela corte.

Os irmãos mataram José e Kitty Menéndez com tiros de escopeta em 1989, em um crime brutal que os promotores caracterizaram no julgamento como uma tentativa de herdar a fortuna multimilionária da família.

Lyle e Erik afirmam que cometeram o duplo parricídio após anos de abusos sexuais e psicológicos de seu pai, amparado pela negligência de sua mãe.

A nova evidência apresentada inclui uma carta supostamente escrita por Erik para seu primo detalhando o abuso, e o testemunho de Roy Roselló, ex-integrante do grupo musical Menudo, que acusou José Menéndez de estuprá-lo.

Lyle, de 57 anos, e Erik, de 54, podem recorrer da decisão do juiz.

Além disso, podem voltar a pedir liberdade condicional em três anos, pois suas sentenças originais de prisão perpétua foram reduzidas para 50 anos em maio.

Sua única chance de serem libertados antes é se o governador da Califórnia, Gavin Newsom, lhes conceder clemência.

M.Roussos--AN-GR