

'Adolescência' é o grande destaque do Emmy
"Adolescência", o drama da Netflix que segue um jovem acusado de assassinar uma colega de turma, triunfou no domingo (13) no Emmy, em uma cerimônia celebrada em Los Angeles.
No gênero comédia, "The Studio" foi a série vencedora, enquanto "The Pitt" triunfou como a melhor série de drama.
"Adolescência", que analisa de várias perspectivas o trágico impacto que a masculinidade tóxica pode ter nos jovens, saiu da cerimônia com seis estatuetas.
Seu protagonista, Stephen Graham, que interpreta o pai do adolescente acusado de homicídio, venceu o prêmio de melhor ator em minissérie e também levou as estatuetas de direção e compartilhou a de roteiro.
A minissérie aclamada, que teve 140 milhões de visualizações em seus primeiros três meses e recebeu 13 indicações, também rendeu um Emmy ao estreante Owen Cooper.
"É tão surreal", disse Cooper, que, aos 15 anos, se tornou o ator mais jovem a vencer na categoria de coadjuvante de minissérie.
"Adolescência" foi gravada em quatro episódios, cada um em uma única tomada e apresentando uma perspectiva diferente.
Erin Doherty, que divide a cena com Cooper interpretando uma terapeuta em um dos episódios mais tensos, venceu na categoria de melhor atriz coadjuvante de minissérie.
- Da indústria ao hospital -
A sátira do mundo de Hollywood "The Studio", da Apple TV+, venceu como série de comédia.
Seth Rogen, protagonista e um dos criadores da série, venceu na categoria de melhor ator de comédia e retornou ao palco do Teatro Peacock várias vezes para receber prêmios de melhor direção e melhor roteiro de comédia.
Uma carta de amor a Hollywood e uma sátira fervorosa das muitas inseguranças, hipocrisias e falhas morais da indústria, "The Studio" chegou ao Emmy com 23 indicações, o maior número para uma comédia em um único ano.
A série fechou a noite com 13 prêmios, incluindo nove conquistados na cerimônia anterior dedicada às categorias técnicas.
Jean Smart conquistou seu quarto Emmy de melhor atriz do gênero por "Hacks", que também rendeu o prêmio de atriz coadjuvante para Hannah Einbinder.
A jovem aproveitou o discurso de agradecimento para defender uma "Palestina livre" e criticar as operações migratórias do governo de Donald Trump.
Na categoria drama, a produção médica "The Pitt" desbancou a distópica "Ruptura" e levou o cobiçado Emmy de melhor série do gênero.
Os 15 episódios da série da HBO|MAX se passam durante o mesmo turno insuportavelmente estressante em um hospital no centro de Pittsburgh.
Noah Wyle recebeu o prêmio de melhor ator de série dramática por seu papel como o atormentado líder da sala de emergência, enquanto sua colega Katherine LaNasa foi premiada como melhor atriz coadjuvante.
A distópica "Severance" venceu nas categorias de atriz com Britt Lower, além de ator coadjuvante com Tramell Tillman.
- Discursos -
Embora os discursos de agradecimento chamem a atenção em toda cerimônia, na 77ª edição do Emmy eles estavam no olho do furacão.
O apresentador Nate Bargatze decidiu manter as palavras de agradecimento sob controle com uma proposta inovadora. Ele abriu a cerimônia anunciando uma doação de seu próprio bolso de 100.000 dólares para a organização beneficente Boys & Girls Clubs of America.
O truque? Ele reduzia em tempo real 1.000 dólares de sua doação para cada segundo que um vencedor ultrapassasse dos 45 segundos permitidos. Como compensação, acrescentava 1.000 dólares para cada segundo que um vencedor economizasse de seu tempo. O placar terminou negativo, mas Bargatze e a emissora de TV compensaram o déficit.
J.Karalis--AN-GR