

Grupo Estado Islâmico reivindica atentado suicida em comício no Paquistão
O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou, nesta quarta-feira (3), um atentado suicida que, na véspera, deixou 15 mortos durante o comício de um partido balúchi no sudoeste do Paquistão.
A conturbada província do Baluchistão, na fronteira com Irã e Afeganistão, é regularmente palco de violências, sobretudo por parte de jihadistas, muitas vezes do ramo regional do EI — de Khorasan ou da província do Paquistão — ou de separatistas balúchis que afirmam lutar para acabar com a discriminação em suas terras, ricas em minerais e hidrocarbonetos e alvo de invasores estrangeiros e autoridades federais.
Embora os jihadistas do EI considerem todo os partidos políticos e instituições estatais como heréticos, raramente atacam militantes balúchis.
Na noite de terça-feira, um homem-bomba — de quem o EI publicou uma foto com o rosto coberto por um lenço — detonou uma carga explosiva no estacionamento de um estádio em Quetta, capital do Baluchistão, quando centenas de participantes do comício do Partido Nacional do Baluchistão (BNP) se dispersavam.
O homem, que as autoridades estimam ter cerca de 30 anos, ativou o detonador de sua carga explosiva "de oito quilos", explicou nesta quarta-feira o ministro do Interior do Baluchistão, Hamza Shafqat.
Quinze pessoas morreram e outras 38 ficaram feridas. A maioria delas eram membros do BNP.
Em uma publicação no X, seu líder, Akhtar Mengal, que deixava o comício após proferir um discurso no momento do atentado, declarou estar "são e salvo, mas devastado com a perda de apoiadores".
R.Kontogeorgis--AN-GR