Athens News - Papa agradece à população de Lampedusa por receber migrantes

Papa agradece à população de Lampedusa por receber migrantes
Papa agradece à população de Lampedusa por receber migrantes / foto: Zakaria ABDELKAFI - AFP/Arquivos

Papa agradece à população de Lampedusa por receber migrantes

O papa Leão XIV expressou, nesta sexta-feira (12), sua gratidão à população da ilha italiana de Lampedusa, que frequentemente recebe migrantes irregulares. Ele gravou uma mensagem em vídeo para reconhecer os "operadores da esperança".

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"Não há justiça sem compaixão, não há legitimidade sem escutar a dor alheia", afirmou o papa no vídeo dirigido a um evento celebrado nesta ilha do Mediterrâneo.

Robert Francis Prevost, que foi eleito papa em maio, destacou que seu predecessor, Francisco, escolheu a ilha como seu primeiro destino apostólico em julho de 2013.

Lampedusa, localizada a apenas 145 quilômetros da costa da Tunísia, é frequentemente o primeiro ponto de chegada para migrantes provenientes da África que tentam entrar na Europa em embarcações precárias.

O papa agradeceu a todos os habitantes da ilha por seu trabalho de ajuda aos migrantes.

"Obrigado às associações, aos voluntários, aos prefeitos e administrações que se sucederam; obrigado aos padres, médicos, forças de segurança e a todos aqueles que, muitas vezes de maneira invisível, mostram um rosto humano aos sobreviventes de viagens desesperadas", declarou.

"Vocês são um bastião de humanidade", afirmou o pontífice americano, naturalizado peruano.

O papa lembrou as palavras de Francisco, que denunciou a "globalização da indiferença e da impotência" e sua defesa dos migrantes, o que marcou seu pontificado.

"Devemos nos tornar especialistas em reconciliação. Reconciliar-se é um modo único de se encontrar", disse Prevost.

No início de setembro, sete pessoas morreram no Mediterrâneo e outras 41 foram resgatadas e levadas a Lampedusa após passarem dias navegando com dificuldade.

Em 2024, 2.573 pessoas que tentavam chegar à Europa morreram no mar Mediterrâneo, segundo números da Organização Internacional para as Migrações (OIM).

A travessia do Mediterrâneo central é uma das rotas migratórias que mais matam no mundo, afirma esta agência da ONU.

O.Kouris--AN-GR